quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Povos do Xingu

É muito louvável a inclusão da cultura indígena nas escolas, amparada pela Lei 11645 de 10 de março de 2008. Porém na prática como é corriqueiro neste país as ações são sempre muito diferentes. Como se já não bastasse a expansão da agropecuária e seus ominosos resultados, tais como, a destruição de parte considerável das matas, a extensa cultura de soja e seus resultados maléficos acarretado pelos agrotóxicos, que poluem a floresta envenenam os rios, e consequentemente se torna fatal para os índios.


 A migração do índio para as cada vez mais asfixiantes e atraentes cidades, e sua consequência também danosa para a preservação do índio, o repúdio por parte dos jovens dos valores culturais indígenas, substituídos pelos sonhos com objetos de consumo, como carros e motocicletas.








A introdução da comida dos 'brancos' e as consequentes doenças provocadas por tais alimentos como: enfermidades cardio vasculares, hipertensão arterial e obesidade, com especial atenção para o surgimento dos primeiros casos de diabetes.


Surge agora uma ameaça ainda mais sinistra, falo aqui da construção da usina de Belo Monte, que promete devastar os já quase extintos dezessete povos do Xingu, a saber: os KUIKURO, população: 522; os KALAPALO, população: 385, os KISÊDJÊ, população: 330; os NAHUKUA, população: 126; os MEHINAKO, população: 54; os WAURA, população:409; os YAUALAPITY, população: 156; os NATIPU, população: 149; os KAYABI, população: 1193; os IKPENG, pop: 459; os JURUNA, pop: 348; os KAMAIURA, pop: 467; os TRUMAI, pop: 97; os NARUVOTU, pop: 81; os TAPAYUNA, pop: 160; os AWETI pop: 195; e os KAYAPOS, com uma populção de ainda 8638 pessoas. Números levantados pelos Ipeax - Instituto de Pesquisa Etno Ambiental do Xingu; Unifesp - Universidade Federal de São Paulo; e Funasa - Fundação Nacional de Saúde, entre os anos de 2010 e 2011.






Será que estamos lidando aqui com um caso de extermínio sistemático, como aconteceu com os Sioux e os Apache norte-americanos. Será quer nossas tribos indígenas estão fadadas a sobreviver somente "na escola", agora oficialmente decretada pelo Governo Federal e amparada pela Lei 11645 de 10 de março de 2008. Ou será que ainda existe uma luz no fim do túnel para os nossos indígenas, os verdadeiros proprietários deste país continental chamado Brasil.






































FONTE: SCIENTIFIC AMERICAN Brasil, 2011.
www.scian.com.br

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